A Cumbia: O Ritmo Parente do Nosso Carimbó
Ei, mano! Se tu pensas que só de Brega e Carimbó vive a América Latina, tu estás muito enganado. Hoje vou te contar a história da Cumbia, um ritmo que é pai d'égua e tem tudo a ver com a nossa raiz. Te acomoda aí e espia essa história.
1. Uma Mistura de Caboco com o Mundo
A Cumbia é a prova de que mistura boa dá caldo! Ela nasceu de uma junção que é só o filé:
A Batida Forte: Vem dos tambores africanos. É o coração do negócio, tipo aquele batuque que não deixa ninguém ficar embiocado em casa.
O Sopro da Mata: As melodias vêm das flautas (gaitas) e maracas, herança dos indígenas. Coisa de caboco mesmo, que sabe tirar som da natureza.
O Toque Europeu: Depois, entraram as letras e até a roupa da dança, influência dos espanhóis.
2. A Pegada do Som (Pra Ninguém Ficar Leso)
Musicalmente, a Cumbia é fácil de manjar. Se tu ficares matutando como identificar, te liga:
O Balanço: É um ritmo “dois pra lá, dois pra cá”. Dá aquele gingado que parece que a pessoa tá andando meio de lado.
O Contratempo: Tem um tamborzinho chamado Llamador que bate num tempo diferente. É isso que dá o molejo, pra ninguém ficar dançando duro feito pão duro.
O Chiado: Tem sempre um “chiqui-chiqui” no fundo, feito pela guacharaca (um tipo de reco-reco). É um barulhinho bacana.
3. As Ferramentas da Barulheira
Os instrumentos mudam se for a Cumbia raiz ou a moderna:
Tradicional: Tambora (tamborzão), gaitas e maracas. Coisa de raiz!
Moderna: Aí já entra acordeão, guitarra e bateria. É pra quem gosta de uma pavulagem mais eletrônica.
4. O Ritmo Saiu Perambulando
A Cumbia não ficou quieta num canto só. Ela saiu da Colômbia e foi pra caixa prega, ganhando o mundo:
No México (Sonidera): Ficou mais lenta e cheia de efeitos.No Peru (Chicha): Os caras misturaram com rock e som dos Andes. Lembra muito a nossa Guitarrada aqui do Pará! Tu ouvindo, tu vais dizer: “É mermo é? “
Na Argentina (Villera): Um som mais da periferia, falando da realidade do povo.
5. O Arrasta-Pé
Na dança, a Cumbia é puro chamego. O passo é arrastado, sem levantar muito o pé do chão.
Curiosidade: Dizem as más línguas (ou a boca miúda ) que esse jeito de arrastar o pé veio dos escravizados, que tentavam dançar mesmo com correntes nos tornozelos. Se é verdade ou potoca, é uma história bonita de superação.
Então, galera , se ouvir uma Cumbia tocando, não te faz de leso. Puxa a tua mana ou teu mano pra dançar e aproveita que o ritmo é contagiante!


