Bar da Condor
Essa imagens são de 1949 – Égua da Saudade: O Bar da Condor era Só o Filé na Belém de Antigamente!
Fala, parente! Te acomoda aí na rede que hoje eu vou te contar uma história que é pai d'égua. Tu sabia que muito antes de tu ficares perambulando pelo aeroporto de Val-de-Cans, a elite de Belém tomava uma gelada vendo avião pousar na beira do rio? Pois é, mano, te orienta que eu vou falar do lendário Bar da Condor!
O Point da Pavulagem
Ali pelas décadas de 30 e 40, o Bar da Condor era o lugar onde a galera da pavulagem se reunia. Fica ali na Praça Princesa Isabel, no bairro da Condor (ou Cremação, pros íntimos). O nome não é por acaso não, leso! É porque ali ficava a estação dos hidroaviões da tal empresa Sindicato Condor.
Imagina a cena: não tinha essa de sala de embarque fechada no ar-condicionado não. O Bar servia de sala de espera VIP. O caboclo chegava, pedia uma cerveja estalando de gelada e ficava de bubuia, só esperando a hora de embarcar ou vendo quem chegava de viagem. Era só o filé!
Ventilado que só!
O lugar era bacana demais. Como tu podes ver nas fotos antigas, era um pavilhão todo aberto, pegando aquele ventinho doce da Baía do Guajará. Tinha umas mesas redondas e aquelas cadeiras de ferro que aguentavam qualquer banzeiro.
A turma ia pra lá não só pra viajar, mas pra fazer social. Era intelectuais, boêmios e a nata da sociedade paraense, tudo ali, trocando um lero lero, apreciando o pôr do sol e ficavam de mutuca nos hidroaviões pousando na água. Era uma modernidade que deixava qualquer um abestalhado.
As Luminárias que são o Bicho
E tu já reparaste naquelas luminárias da Praça Princesa Isabel? Égua, mano, aquilo é patrimônio histórico! Elas têm um estilo Marajoara misturado com Art Déco que é di rocha. Os traços geométricos inspirados na cerâmica dos nossos ancestrais mostram que a nossa cultura sempre foi chique e moderna.
Resumindo a ópera: O Bar da Condor era o lugar onde o caboclo se sentia na Europa, mas com o calor e a beleza da nossa Amazônia. Quem viveu, viveu. Quem não viveu, fica só na saudade das fotos, porque o lugar já era, mas a história a gente não deixa morrer nem a pau!
Gostou? Então não te faz de doido e compartilha com a tua galera!
Glossário Paraense do Artigo:
Parente: Termo utilizado para cumprimentar com cordialidade o nativo.
Pai d'égua: Algo muito legal, excelente.
Perambulando: Quando a pessoa não tem paradeiro certo.
Pavulagem: Se a pessoa tá se achando, ostentando ou se exibindo.
Leso: Cara sem noção, abestalhado.
De bubuia: Tranquilo, relaxado (termo usado para algo boiando na maré).
Só o filé: Aquilo que é o máximo, mais do que legal.
Bacana: Legal, bonito.
Lero lero: Jogar conversa fora.
Já era: Acabou, encerrou.
Galera: Turma de amigos.
Hotel Oriental
Égua, maninho! Como gestor de conteúdo do veropeso.shop, peguei aquele texto aprumado sobre o Hotel Oriental e dei um banho de cheiro nele, transformando tudo pro nosso “Amazonês” raiz. Ficou só o filé!
Confira abaixo o artigo reescrito para o nosso público:
O Hotel Oriental e a Belém do Tempo do Ronca: Sem Pavulagem e Debaixo D'água
Espia só, mano! A foto que tu tá vendo é uma relíquia pai d'égua de uma Belém que já foi muito movimentada, lá pelo começo do século XX. Aquele prédio ali, com a placa “Hotel Oriental”, não era só um lugar pra dormir não; o bicho fazia parte do coração pulsante da cidade quando a borracha dava em doido.
Embora o Grande Hotel tivesse toda aquela pavulagem de luxo europeu, era no Hotel Oriental que a vida acontecia de verdade ali pelas bandas da Campina. Ficava ali na boca miúda, na Rua da Indústria, pertinho das docas. Não era lugar pra gente fresca, era pra quem vinha trabalhar: comerciante, regatão e imigrante que desembarcava no Ver-o-Peso.
A “Veneza Amazônica”: Belém de Bubuia
Tu tás vendo esse alagamento na foto? Não te espanta, olha já! Isso não era acidente, era rotina. Belém sempre teve esse caso de amor e ódio com a maré. O Hotel Oriental ficava numa área baixa e, quando dava a maré de sizígia, a rua ia pro fundo e todo mundo ficava de bubuia.
Pra quem tava hospedado lá, o jeito era fazer uma gambiarra com pontes de madeira ou pegar um casco ou uma canoa pra poder sair de casa. Era a nossa Veneza, mas com cheiro de pitiú e açaí!
A Mistura da Galera: Casa Ali
Bem ali do lado do hotel, tinha a placa da “CASA ALI”. Isso mostra que a galera dos sírio-libaneses já tava em peso no comércio. Era uma mistureba bacana de línguas e mercadorias. O Hotel Oriental ficava no meio desse fuzuê, onde tu escutava de tudo, do árabe ao nosso sotaque chiado.
A Vida no Hotel: Coisa de Caboco Esperto
Diferente dos hotéis de elite que queriam ser Paris na marra, o Oriental tinha alma de caboco. Quem se hospedava lá?
O povo do batente: Do interiorano simples, aquele caboclo que vive da roça e da pesca, até o funcionário público.
O clima: Os quartos deviam ter aquele pé direito alto pra aguentar a quentura, ouvindo o barulho dos navios e da feira.
O Que Sobrou? Já Era!
Hoje em dia, muito desses prédios já era. Ou viraram loja, ou depósito, ou levaram o farelo. Mas essa foto serve pra gente não esquecer que a riqueza de Belém não tava só na ópera, tava na lida diária, nas ruas alagadas e nos hotéis modestos que acolhiam quem construiu essa cidade no braço. Te mete!
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Égua da Saudade! A Eterna Fábrica Palmeira e o Famoso “Buraco”
Por: Gerador de Conteúdo | Ver-o-Peso.com
Mano, te abicora nessa história! Se tu és do tempo do ronca ou se tu curtes as histórias da nossa Belém, tu vai chorar agora. Hoje a gente vai falar da Fábrica Palmeira, um negócio que era pai d’égua e marcou a vida de muita gente, mas que hoje, infelizmente, já era.
O Começo de Tudo: Só o Filé da Belle Époque
O negócio começou lá em 1892, quando Belém era chique que só. Uns portugueses espertos fundaram a fábrica ali no coração do Comércio, na rua Manoel Barata. Parente, o prédio não era pequeno não, era purrudo! Uma fachada bonita, bacana mesmo, que impunha respeito. Era o símbolo do progresso, numa época que o dinheiro da borracha corria solto.
Deu Broca? Tem Bolacha!
Tu é leso se acha que era qualquer fabriquinha. Lá se fazia de tudo: macarrão, café, chocolate, caramelo e as famosas bolachas “Maria” e “Paciência”. Dizem os antigos que quem passava pela rua ficava logo brocado, porque o cheiro de biscoito e chocolate invadia o centro. Não tinha pitiú nem inhaca, era só cheiro de coisa gostosa. Era só o creme!
O Fogo e a Volta por Cima
Lá pela década de 20, deu um banzeiro triste: um incêndio daqueles! O negócio quase levou o farelo. Mas os donos não eram de ficar de touca e nem de migué. Eles reconstruíram a fábrica, deixaram ela daora de novo e botaram pra moer.
O Fim e o Tal do “Buraco da Palmeira”
Mas como nem tudo é festa, lá pelo início de 1970, a fábrica deu prego de vez. Fechou as portas. E pra piorar, em 1976, passaram o sal no prédio histórico: demoliram tudo.
Foi aí que surgiu o famoso “Buraco da Palmeira”. Mano, o terreno ficou lá, ao deus dará, parecia até caixa prego de tão vazio no meio da cidade. Virou estacionamento, virou nada… só o mato e a lembrança.
Hoje em dia, construíram um camelódromo lá, tá tudo diferente, muvucado. Mas para quem é cabeça e conhece a história, ou para quem viveu nessa época, bate aquela saudade de quando o cheiro de bolacha dominava o Comércio.
E tu, parente? Tu chegaste a ver a Fábrica ou só o Buraco? Ou tu és curumim e nem sabia dessa? Te mete aí nos comentários e conta pra gente!
O Casarão Santo Alexandre em 1949: Espia Essa Relíquia, Mano!
Égua, mana! Espia só essa imagem de Rocha!
Se tu passares hoje pela Cidade Velha, tu vês aquele casarão bonito que só, mas tu sabias que aquilo ali já foi a morada do “manda-chuva” da igreja? Pois é, o prédio que a gente chama de Arcebispado de Santo Alexandre é pura história e pavulagem da nossa Belém.
Bora matutar um pouco sobre o que essa foto de 1949 conta pra gente:
1. O Mocó do Bispo (Onde o homem morava)
Nesse tempo aí da foto, o prédio não era museu não, mano. Era o Palácio Arquiepiscopal. Trocando em miúdos: era onde o Arcebispo de Belém, o Dom Mário de Miranda Vilas-Boas, armava a rede dele e despachava as ordens. O negócio é antigo, vem lá dos jesuítas (século XVII). Tu percebes que a construção é maceta? Paredes grossas, janelões… tudo feito pra aguentar o nosso calor, porque aqui o sol castiga e não é migué não!
2. Belém no Tempo do Ronca
Em 1949, a vida era mais de bubuia. A praça ali na frente (o Largo da Sé) era tranquila, sem essa muvuca de hoje. O calçamento era de pedra, coisa chique. O Dom Mário mandava na arquidiocese toda dali de dentro. O caboco passava ali na frente, tirava o chapéu e seguia o rumo, talvez indo lá pro Ver-o-Peso que fica bem ali.
3. Virou Coisa de Cinema: Só o Filé!
Hoje em dia, o cenário mudou. O prédio ficou meio caído, vergado pelo tempo até os anos 80, parecia que ia levar o farelo. Mas aí, fizeram uma reforma daora em 1998 e transformaram no Museu de Arte Sacra. Agora, o quarto onde o bispo dormia e os salões chiques estão cheios de santos, pratas e mobília antiga. É um lugar pai d'égua pra tu levares a galera e conhecer a nossa história.
4. Vizinho do Veropa
E o melhor de tudo: isso tudo fica na ilharga do nosso querido Ver-o-Peso. Em 1949, a mistura da fé (lá no Arcebispado) com o cheiro de pitiú e comércio do porto já era a marca registrada da cidade.
Então, te orienta: quando passares por lá, lembra que aquele prédio já viu muita coisa e continua em pé, duro na queda!


O Grande Hotel: A Pavulagem da Presidente Vargas que Deixou Saudade
Égua, mano! Se tu perguntares pros teus avós ou pra qualquer pessoa mais antiga de Belém, os olhos deles brilham quando falam do Grande Hotel. O bicho era maceta de bonito! Ficava bem ali, na Avenida Presidente Vargas, de cara para o Theatro da Paz, no coração da cidade.
No tempo do ronca, quando a borracha dava dinheiro discunforme , a galera decidiu levantar esse monumento. Não era coisa meia tigela não, parente. Era luxo puro! Foi inaugurado lá pra 1913 e virou o ponto de encontro de quem era cheio de pavulagem. Quem se hospedava lá não era qualquer perrapado não, era só gente graúda, artista internacional e político importante.
O serviço lá, dizem as más línguas (e a boca miúda ), que era só o filé. Tinha bailes que varavam a madrugada, comida chibata e uma arquitetura que fazia qualquer um ficar abirobado olhando. Era o lugar certo pra quem queria fazer inveja na sociedade.
Mas, como nem tudo dura pra sempre, o destino do Grande Hotel foi triste que só. Na década de 70, numa decisão que até hoje deixa muito arquiteto invocado, o prédio levou o farelo. Derrubaram tudinho pra construir o que hoje é o hotel Princesa Louçã (antigo Hilton). Foi-se a pavulagem, ficou a saudade.
Hoje, quando tu passares pela Presidente Vargas, dá uma espiada. O Grande Hotel escafedeu-se , já era , mas a história dele é pai d'égua e não pode morrer. É patrimônio nosso, mesmo que agora só exista em foto e na memória de quem viveu aquela época de ouro.
E aí, tu manja dessa história ou tavas boiando? Te mete a pesquisar mais sobre a nossa Belém antiga, que tem muita coisa daora pra descobrir!


Égua da História: A Avenida Nazaré é Pai D'égua!
Fala, parente! Te abicora aqui que hoje a prosa é sobre a nossa querida Avenida Nazaré. Se tu achas que ela é só uma rua bonita pra passar de carro ou ver a corda passar, tu tá muito enganado. Essa avenida é o próprio eixo que tirou Belém do passado e jogou a cidade pra modernidade. É o caminho da fé e, antigamente, era o caminho da bufunfa grossa!
Bora destrinchar essa história, que tá só o filé:
1. O Começo de Tudo: Quando era só mato e fé
Mano, acredita se quiser, mas antigamente aquilo ali não tinha nada de asfalto. Era um caminho de terra, conhecido como “Estrada das Minhocas” ou “Caminho de Uriboca”.
A parada começou a mudar por volta de 1700, quando o caboclo Plácido achou a Imagem de Nossa Senhora. O povo, com muita fé no coração, saía lá do centro perambulando por esse caminho estreito até chegar na “Rocinha” do Plácido (onde hoje é a Basílica). Era uma pernada, viu? Mas o paraense é duro na queda e ia rezar no meio da mata mesmo.
2. A “Paris n'América”: A Era da Pavulagem (1890-1920)
Aí, meu amigo, veio o Ciclo da Borracha e o dinheiro entrou com força! A elite da época, cheia de pavulagem, não queria mais morar na Cidade Velha sentindo cheiro de peixe. Eles queriam luxo!
Foi aí que entrou o Intendente Antonio Lemos, um caboco escovado que resolveu ajeitar a casa. A Nazaré virou o endereço dos bacanas.
Túnel de Mangueiras: Foi nessa época que plantaram nossas mangueiras (vindas lá da Índia, chique né?). Criaram esse túnel verde que deixa o clima pai d'égua até hoje.
As Casonas: Os barões da borracha mandaram levantar uns palacetes que são o bicho! Tudo inspirado na Europa. O material vinha de navio: telha da França, mármore da Itália… Negócio de disconforme de rico!
3. Ferro e Aço: Coisa de gente “Cabeça”
Já que tu curte construção e aço, te liga nessa: a Avenida Nazaré foi pioneira! Os caras não economizavam. Muitos desses casarões antigos, tipo o Palacete Bolonha (que o engenheiro fez pra esposa, maior prova de amor, o cara tava arriado os quatro pneus), usavam estruturas metálicas importadas pra segurar os andares. Os gradis e portões de ferro fundido vinham da Inglaterra. O negócio era feito pra durar, não era meia tigela não!
4. A Avenida Hoje e o Círio
Hoje em dia, a Nazaré mistura o antigo com o novo. Tem prédio moderno, mas os casarões históricos, como o Palacete Faciola (que tava caixa prega de acabado e agora tá só o creme de novo) e a sede do Clube do Remo, tão lá firmes e fortes.
E claro, é o palco da nossa maior festa. Quando chega outubro, aquilo ali vira um mar de gente. É a Translação, é o Círio… é de arrepiar o couro ver a multidão debaixo das mangueiras.
Resumo da Ópera: A Avenida Nazaré saiu de um caminho de terra pra virar a passarela da história de Belém. Quem caminha por lá hoje, tá pisando em cima de muita história, muita fé e muita riqueza.
É mermo é! Se tu não sabia disso, agora já era, tá sabendo!


📢 A Verdadeira Resenha da Caixa D'Água de São Brás: Tu Sabia Dessa, Mano?
Égua, mana(o)! Tu passas ali por São Brás todo dia, espia aquela estrutura de ferro gigante e nem imagina a história que tem por trás, né? Pois te ajeita aí que eu vou te contar a fita certa, sem potoca.
A gente sabe que Belém, no tempo da borracha, era cheia de pavulagem. A cidade queria ser uma “Paris n’América”, toda afrancesada. Foi nessa época, lá por 1885, que montaram a nossa famosa Caixa D'Água de Ferro.
1. O Monumento que é “Só o Filé” (A Caixa de Ferro)
Aquele grandão de ferro que tá lá em pé até hoje não é gambiarra não, parente. Ele é estorde (coisa fina)! Essa estrutura veio lá das “Zropa” (Europa), toda pré-fabricada, pra matar a sede do povo, porque a falta de água em Belém era um sufoco do diacho.
Duro na queda: O bicho foi feito pra aguentar o tranco. É ferro forjado e fundido, montado aqui igual um Lego gigante.
Maceta: O tanque é maceta (gigante), mano! Cabe 1,5 milhão de litros de água. É água que só o tucupi!
Patrimônio: O negócio é tão chibata que foi tombado como patrimônio histórico. É respeito que fala, né?
2. A “Gaiatice” das Três Panelas Vazias
Agora, te liga nessa fofoca de boca miúda. Muita gente confunde a nossa caixa de ferro bonitona com uma outra obra que foi pura leseira.
Lá por 1908, inventaram de construir uns tais de “Reservatórios Paes de Carvalho”. Mas o negócio deu prego! Ou vazava tudo ou as bombas não tinham força. O povo, que não perde a piada e adora uma bandalhêra, apelidou o fracasso de “As Três Panelas Vazias”. Era uma obra de meia tigela mesmo. Resultado: foi tudo pro chão na década de 60. Já era. Quem sobrou pra contar a história? A nossa velhinha de ferro de 1885, que tá lá firme, di rocha!
3. Moral da História
Então, quando tu passares por São Brás e apontares com o beiço (aquele ali ó) pra Caixa D'Água, lembra que aquilo ali é pai d'égua. É a prova de que Belém tem história discunforme!
Não confunde a obra que deu certo com a que foi gala seca. A Caixa D'Água de Ferro é o orgulho da nossa entrada da cidade, sobrevivente da época que a gente amarrava cachorro com linguiça.
Te orienta: Valoriza o que é nosso, porque essa estrutura aí é muito firme!
📝 Glossário do Caboclo (Para quem não é do ramo)
Para garantir que ninguém fique boiando (de bubuia), aqui vai a tradução das expressões que usamos, tiradas do nosso dicionário oficial:
Pavulagem: Quando a pessoa tá se achando, ostentando ou se exibindo.
Potoca: Mentira. Nota: Termo popular adicionado para contexto, similar a “Lero lero”.
Estorde: Algo diferente do costumeiro, que não é normal.
Maceta: Se algo é gigante, muito comprido ou muito grande.
Só o Filé: Aquilo que é o máximo, mais do que legal.
Diacho: Expressa revolta ou usado de forma descontraída.
Duro na queda: Difícil de se abalar, de ser derrotado.
Boca Miúda: É o fofoqueiro.
Leso/Leseira: Cara abestalhado, sem noção, falta de raciocínio.
Deu prego: Quebrou, enguiçou.
Meia tigela: Pessoas que fazem as coisas pela metade ou fingem ter domínio.
Di rocha: O mesmo que ‘de verdade', ‘pra valer'.
Ali ó: Forma de apontar um lugar com o dedo ou com os lábios (bico).
Pai d'égua: Muito bom, beleza, ótimo, excelente.
Discunforme: Quando tem em grande quantidade.
Gala seca: Pessoa idiota ou desligada.


Ver-o-Peso: O Coração da Cidade Morena Onde o Pará Acontece
Égua, maninho! Se tu tás perambulando por Belém e ainda não foste bater o ponto no Ver-o-Peso, tu é leso é?. Te orienta, parente! O Veropa não é só um mercado, é onde a alma do paraense vive, pulsa e ainda toma um açaí grosso pra ficar forte.
O lugar é maceta, enorme de grande, e tem de tudo que tu possas imaginar. É uma mistura de cheiros, cores e sabores que deixa qualquer turista encabulado , mas logo eles acham tudo pai d'égua.
Se Tu Tá Brocado, Esse é o Lugar!
Parente, se tu acordou brocado, com a barriga encostada nas costas, corre pra lá. Tu vais encontrar aquele peixe frito crocante com açaí — mas açaí de verdade, nada de chimoa, é aquele preto e grosso que desce arredando a tristeza.
E não para por aí, não. Tem as tias das barracas que preparam um tacacá que é só o filé. A goma, o jambu tremendo a boca e aquele tucupi quentinho que faz a gente suar até o côro. É bacana demais sentar naquelas banquetas e ver o movimento da baía.
Cheiro, Ervas e a Mandinga das Erveiras
Se tu andas meio panema , sem sorte no amor ou no dinheiro, ou se sentindo meio carregado, te mete no setor das ervas. As erveiras têm garrafada pra tudo! Elas preparam aquele banho de cheiro pra tirar a inhaca e chamar dinheiro e amor. É só chegar lá que elas já dizem: “Vem cá, cheiroso!”.
Lá tu encontras o paneiro cheio de farinha d'água, aquela que faz o chibé que sustenta o caboclo. Tem tapioca pra fazer beiju, tem maniva, tem castanha… é tanta fartura que a gente fica até meio perdido no meio de um bocado de coisa boa.
O Visual da Baía do Guajará
E pra fechar o passeio, nada melhor do que ficar de bubuia, tranquilo, só na brisa da Baía do Guajará. Tu vais ver as canoas e os barcos chegando com os ribeirinhos trazendo o açaí e o peixe fresco. O barulho das rabetas chegando é a trilha sonora do nosso amanhecer.
Às vezes bate aquele cheiro forte de peixe, o famoso pitiú, mas faz parte, mano! É cheiro de trabalho, de rio, de vida. E cuidado com os urubus que ficam só de mutuca esperando um resto de peixe.
Resumo da Ópera
O Ver-o-Peso é di rocha. É lá que tu vês o verdadeiro caboclo , aquele trabalhador duro na queda que acorda cedo pra garantir o pão.
Então, pega o beco pra lá agora mesmo! Não fica aí de touca em casa. Vai ver as cores, sentir os sabores e conversar com essa galera que tem o sorriso fácil e o abraço apertado.
E se alguém te disser que tem lugar melhor no mundo, pode falar na cara: “É mentira, é potoca!”. Porque o Ver-o-Peso é único, mano. É só o creme!


Batista Campos: O Lugar “Só o Filé” pra Tu Relaxar em Belém
Fala, parente! Se tu estás por Belém e queres um lugar bacana pra passear, tu tens que bater perna na Praça Batista Campos. Mana, vou te contar: aquilo ali é pai d'égua! É o orgulho da cidade, um lugar que é pura pavulagem, porque é bonito demais e todo mundo gosta de se exibir por lá.
Um Refúgio “Daora” no Meio da Cidade
Não te faz de leso. Se tu estás embiocado em casa, sem fazer nada, te sai dessa vida e vai ver o verde. A praça é cheia de mangueiras e árvores gigantes, perfeita pra quem quer ficar de bubuia, só relaxando na brisa.
É o cenário ideal pra levar a galera , o curumim e a cunhantã pra brincar. Os lagos com as pontes são só o filé pra tirar aquela foto e postar no Instagram dizendo que tu tá muito firme.
Cuidado com o Toró!
Mas te liga, maninho! Tu sabes como é o nosso clima. De manhã faz sol, mas de tarde, do nada, se forma aquele tempo carrancudo. Quando tu veres o céu fechar, pega o beco pra debaixo de um coreto, porque lá vem toró! E não é chuvinha não, é pau d'água ou pé d'água mesmo. Se tu marcares bobeira, vais ficar todo molhado e tua mãe ainda vai dizer: “bem feito!” ou “toma-lhe-te“.
Bateu a Broca?
Depois da caminhada, se tu tiveres brocado, morrendo de fome, não te preocupa. Por ali sempre tem um tacacazeiro pra tu tomares aquele tacacá quente que esfregar o côro da gente de tão bom. Ou então uma água de coco geladinha. Se tu achares o preço caro, não adianta reclamar “ah miserável” , porque a qualidade é maceta (gigante)!
Resumo da Ópera
Então, mete a cara! A Praça Batista Campos é um lugar que não tem panema, é energia boa pura. Se alguém te disser que lá é feio, tu podes responder na lata: tu é leso é?. Aquilo ali é um fato novo a cada visita.
Vai lá, aproveita, e se alguém perguntar se é bonito mesmo, tu só respondes: É mermo é!.


Teatro da Paz: Só o Filé da Arquitetura em Belém
Parente, tu já paraste pra espiar aquela belezura lá na Praça da República? Pois é, o Teatro da Paz não é pouca coisa não, é só o creme! Aquilo ali foi construído na época que a borracha dava dinheiro discunforme, quando os coronéis tavam nadando na grana e queriam mostrar que Belém era a “Paris n'América”.
O negócio é chibata, mano! Foi inaugurado lá em 1878 (faz tempo, hein?) e é inspirado no Teatro Scala de Milão. É mole ou quer mais?
Por que o Teatro é “O Bicho”?
Se tu achas que é só um prédio velho, tu é leso, é? O lugar é de cair o queixo. Se liga nos detalhes:
Lustres de Cristal: Mano, tem uns lustres lá que brilham mais que olho de mucura no escuro. É coisa fina, importada, pra deixar qualquer um abestalhado.
Piso de Mosaico: O chão do hall de entrada é feito de madeiras nobres da Amazônia e pedras gringas. Tu ficas até com medo de pisar se tiver com o pé cheio de tuíra.
Afrescos e Pinturas: As paredes e o teto são pintados com umas artes que, te mete, são bonitas demais. Tem deuses gregos, musas, tudo aquilo que o povo bacana gostava.
Histórias de Visagem e Cultura
Dizem as bocas miúdas que, de vez em quando, rola uma visagem pelos corredores, mas eu nem te conto pra tu não ficares com medo. O que importa mesmo é que o palco dali já recebeu gente do mundo todo. É ópera, é show, é concerto… o som lá dentro é pai d'égua!
E não pensa que é só pra gente metida não. Hoje em dia, qualquer caboco pode ir lá visitar, fazer o tour guiado e tirar uma foto pra postar e dizer que tá bem na foto.
Bora Logo Conhecer!
Então, deixa de ser morcego e sai dessa rede! Se tu estás perambulando pelo centro, pega o beco pra Praça da República e vai conhecer o nosso Tesouro. É um orgulho pro nosso estado, mostrando que o paraense tem cultura e gosto apurado desde sempre.
Não vai ficar mosqueando aí. O Teatro da Paz é a prova de que Belém é maceta de linda!
Serviço pro Parente:
Onde fica: Praça da República, Centro de Belém.
Vale a pena? Égua, se vale! É só o filé.
Agora, se tu não fores lá depois dessa, eu choro pra ti!












