Égua, te mete! Nilson Chaves: A Voz Pura do Caboco na MPB
Fala, manos e manas! Hoje a gente vai deixar de lero lero e falar de um assunto sério, mas do nosso jeito.
Vocês tão ligados que, quando contam a história da música no Brasil, o povo lá do Sudeste é cheio de pavulagem. Eles acham que música boa só sai do Rio ou de São Paulo e deixam a gente aqui do Norte meio que na baixa da égua, como se a gente fosse só mato ou folclore isolado. Bando de leso, né?
Mas quem é daqui sabe que a gente não tá perambulando sem rumo na cultura não. Aqui na beira da baía, a gente faz um som que é só o filé. E o cara que mostra isso pro mundo, que é o bicho mesmo, é o mestre Nilson Chaves.
O Cara Manja Muito
O Nilson não é meia tigela. Ele pegou aquela música chique, erudita, e misturou com o ritmo do nosso povo, do caboco que vive no interior. Ele provou que ser caboco não é coisa pouca não; é ter a alma da floresta, é ser duro na queda.
Ele passou mais de cinquenta anos nessa estrada. Chegou a pegar o beco pro Rio de Janeiro num tempo aí, mas a saudade bateu e ele voltou, porque o lugar dele é aqui. E olha já: as músicas dele, tipo “Sabor Açaí” e “Não Vou Sair”, não são só cantoria não. São hinos! Quando toca, tu sentes até um arrepio, uma visagem boa de pertencimento.
Respeita o Moço!
Hoje, com 70 anos, o Nilson Chaves continua bacana demais e muito cabeça. Ele não tá aqui pra tapar o sol com a peneira sobre os problemas da Amazônia. Ele é uma voz forte nessas conversas sobre o meio ambiente, principalmente agora com a COP30 chegando.
Então, se alguém vier com migué dizendo que nossa música não tem valor, tu já solta um: “Te mete!”. O Nilson Chaves transformou o que os outros achavam que era isolamento em orgulho. O som dele é daora e representa cada um de nós.
E já era, quem não gostou que vá catar coquinho (expressão popular). O Nilson é nosso e ninguém tasca!
Milton Edilberto, o primeiro, e ao meio, Nilson Chaves - Blog do Leunam

O Começo de Tudo: De Belém pro Mundo na Cara e na Coragem
Belém Antigamente: Muita Pavulagem, Mas Pouca Estrutura
Bora voltar no tempo, lá pros anos 50 e 60. O Nilson Chaves, nosso curumim de ouro, nasceu numa Belém que era chibata demais na cultura. Tinha sarau, tinha piano nas casas, aquela coisa fina, herança do tempo da borracha. Mas ó, pra quem queria viver de música e ficar escovado na teoria, o negócio era panema.
Não tinha faculdade de música pra deixar o cara pronto pro mercado nacional, que tava pegando fogo com a Bossa Nova. Então, o jeito era aprender no boca a boca, colando nos mestres. E o Nilson teve uma sorte pai d'égua: caiu nas graças do Maestro Waldemar Henrique. O Waldemar era o bicho, já tinha transformado lendas como o Uirapuru e o Boto em música clássica. Ele olhou pro Nilson e mandou a real: “Parente, tu tens talento, mas aqui tá pequeno pra ti. Pega o beco e vai aprender lá fora!”
A Hora de Zarpar: O Empurrão dos Mestres
Além do Waldemar, tinha o Guilherme Coutinho, que era muito cabeça, só no jazz e na modernidade. Eles botaram na cabeça do Nilson que ele tinha que ir pro Rio de Janeiro. Não era pra esquecer a terra não, mano, era pra não ficar leso sem técnica.
Aí, entre o final de 60 e o meio de 70, o Nilson juntou as trouxas e foi pro Rio. Mas não foi com uma mão na frente e outra atrás não! Ele levou cartas escritas à mão pelo Waldemar Henrique. Aquilo ali valia mais que ouro, era o passaporte pra entrar na casa dos bambas, tipo o Guerra-Peixe e o Sebastião Tapajós. O moleque chegou lá com moral!
“Dança de Tudo”: O Disco Feito na Raça (1981)
Chegou 1981 e o Nilson já tava invocado querendo gravar o disco dele. Mas as gravadoras grandes tavam de migué, com medo de apostar num som tão nosso. O que ele fez? Meteu a cara e fez independente!
O álbum Dança de Tudo saiu porque os amigos eram sangue bom. Teve vaquinha, teve ajuda de um casal russo, foi tudo na união. Quem lançou foi a dupla Luli e Lucina, pelo selo “Nós Lá em Casa”. Elas eram da pesada na MPB alternativa e acolheram o Nilson como família.
Esse disco, mano, é só o filé. Não é só folclorezinho não, é música de alta qualidade. Tem violão que até arrepia! Foi ali que o Nilson virou o “violeiro amazônico”, mostrando que nosso som das águas não deve nada pra ninguém. É daora demais!
Nilson Chaves: A Resistência Pai D'égua e a Pavulagem da Nossa Música
Fala, galera! Hoje vamos bater um papo sobre um caboco que manja muito e é duro na queda: o mestre Nilson Chaves. Se tu és leso e ainda não conhece a fundo a história dele, te ajeita aí no teu jirau que a conversa é daora. Vamos falar sobre como ele bateu o pé pra ficar na nossa terra e ainda tirou onda com o sul maravilha.
“Não Vou Sair”: O Grito Invocado de Quem Não “Pega o Beco”
Se a música “Sabor Açaí” é a nossa identidade, “Não Vou Sair” foi o momento em que o Nilson ficou invocado. A letra, escrita pelo paulista Celso Viáfora, caiu como uma luva na voz do Nilson.
Bora lembrar o cenário: anos 80 e 90. O bicho tava pegando, inflação lá no alto, uma confusão discunforme. Muita gente boa daqui tava arrumando as malas pra pegar o beco, indo embora pro estrangeiro ou pro sul, achando que lá era melhor.
A música fala justamente desse momento em que o sujeito tá matutando se vai ou se fica. Ele pensa: “A geração da gente não teve muita chance”. Mas aí, mano, ele olha pra nossa lua batendo no mar e decide: Nem com nojo que eu vou embora!
O refrão é um recado direto pros “velhos de Brasília”. O Nilson, que já tinha voltado do Rio pra Belém, cantou isso com tanta força que virou hino. Foi um jeito dele dizer: “Eu vô mermo é ficar aqui”. Ele provou que dá pra construir uma carreira pai d'égua na Amazônia, sem abaixar a cabeça pra ninguém.
“Não Peguei o Ita”: Muita Pavulagem e o Prêmio Sharp
Aí chegou 1994 e o álbum Não Peguei o Ita. O nome lembra aqueles navios antigos que faziam a viagem Norte-Sul, coisa de quem tem saudade. Mas o que aconteceu depois foi só o filé!
Com esse trabalho, o Nilson ganhou o Prêmio Sharp de Música (que hoje é o Prêmio da Música Brasileira) de Melhor Arranjo. Te mete! Ele disputou com os gigantes da MPB e levou a melhor.
Isso não foi pouca coisa não, foi uma pavulagem merecida! Foi a prova de que a música feita aqui no Pará não é de meia tigela. O Nilson mostrou que o caboco daqui é o bicho e tem qualidade pra dar e vender.
Resumindo a ópera: Nilson Chaves não só canta a nossa aldeia, ele defende ela com unhas e dentes. E se tu achou isso bacana, compartilha com a tua turma!
Amazônia Internacional e o Grammy Latino
A Parceria com Sebastião Tapajós e a Europa
A relação com o virtuoso violonista Sebastião Tapajós abriu as portas da Europa para Nilson. Tapajós, que tinha uma carreira consolidada na Alemanha, convidou Nilson para projetos colaborativos que visavam o mercado de World Music. Os álbuns Amazônia Brasileira (1997/1999) foram lançados no mercado europeu com grande êxito. A crítica europeia, especialmente na Alemanha e Suíça, rendeu-se à combinação da voz telúrica de Nilson com o violão erudito de Tapajós. O disco foi citado entre os melhores lançamentos do ano no continente europeu, demonstrando que a linguagem amazônica, quando executada com excelência, é universal.
O Grammy Latino de 2000
O ápice do reconhecimento institucional internacional veio na virada do milênio. O álbum 25 Anos Ao Vivo (2000), gravado no majestoso Theatro da Paz com orquestra e coral, foi indicado ao Grammy Latino na categoria de “Melhores Raízes Brasileiras”. Embora não tenha levado a estatueta, a indicação colocou Nilson Chaves em uma vitrine global, validando sua trajetória de quarto de século dedicada à música regional. A gravação deste álbum é um documento histórico: registra a comunhão plena entre
Nilson Chaves – Dança De Tudo (1981)

A Mistura Pai D'égua: Nilson Chaves e Vital Lima
Fala, galera! Se tu achas que o nosso Nilson Chaves caminhou sozinho esse tempo todo, tu estás leso. O homem encontrou um parceiro que é unha e carne com ele: o Vital Lima.
O Vital é carioca, mas tem uma pegada mineira e um jeito de quem entende a nossa melancolia de beira de rio. Quando esses dois se juntaram, não foi lero lero não; foi um encontro de almas pra cantar esse Brasilzão profundo, fugindo da mesmice do litoral e do sertão que todo mundo já conhece.
O Disco “Interior”: Um Sucesso Maceta
Em 1985, eles soltaram o álbum Interior. Rapaz, o negócio foi estouro! Virou um clássico que a gente guarda com carinho. Aqui no Norte, o disco foi recebido com uma empolgação discunforme, parecia até religião.
As músicas desse álbum têm cheiro de mato e lembram a vida mansa dos nossos ribeirinhos. É pra ouvir deitado na rede, sem pressa, só de bubulhaa.
A História de “Tô Que Tô Saudade”: Criada na Gambiarra
Agora, te liga nessa resenha, que essa tu não sabias. Sabe aquela música linda, “Tô Que Tô Saudade” (ou “Flor do Destino”)? Pois é, mano, ela não nasceu num estúdio chique não. Ela foi feita numa gambiarra criativa dentro de um carro, no meio do trânsito louco do Rio de Janeiro!
O Nilson tava no volante, matutando uma melodia e sentindo uma saudade braba de Belém. Ele começou a cantarolar e o Vital, que é escovado e pegou a ideia na hora, começou a batucar no painel do carro. Ali mesmo, na baixa da égua do trânsito carioca, a música nasceu antes de eles chegarem numa entrevista.
Os dois dizem que a música é um “carimbó estilizado”. Ou seja, não é aquele carimbó raiz do mestre Pinduca ou do Verequete, mas uma versão MPB que conseguiu tocar nas rádios e mostrar nossa cultura pro resto do Brasil. O Nilson e o Vital manjam muito!
“Sabor Açaí”: A Toada que é Só o Filé da Nossa Identidade!
Fala, galera! Se tu és paraense daora , tu tás ligado que a nossa cultura é diferenciada. Hoje eu vou te contar a história de um hino que faz qualquer caboco se sentir orgulhoso: a música “Sabor Açaí”.
O Começo de Tudo: Sem Migué!
Lá no final dos anos 80, o grande Nilson Chaves lançou essa obra que é só o filé. Mas olha já, naquela época, o açaí não era essa coisa “gourmet” que o mundo todo quer não. O açaí era o pão de cada dia do paraense brocado, aquele alimento sagrado que a gente traça todo dia e não troca por nada.
A Saudade que Virou Poesia
A letra nasceu da cabeça do poeta Joãozinho Gomes. O cara tava lá em São Paulo, longe pra caixa prega, sentindo falta da nossa terra. Aí, matutando sobre a saudade, ele escreveu um poema tratando o açaí como santo. Era uma coisa bonita, mas faltava aquele tempero, sabe?
Nilson Chaves: O Caboco que é o Bicho
Foi aí que entrou o Nilson Chaves. Quando ele pegou a letra, ele viu que tava bonito, mas pensou: “Falta o chão, falta a realidade do povo”. O Nilson, que não é leso, meteu a caneta e criou o refrão que a gente canta gritando: “Põe tapioca, põe farinha d'água / Quero ver boca roxa de tanto mastigar”.
Ele conectou o sagrado com o prato do dia a dia. Tu é o bicho, Nilson!. A melodia ficou num balanço de toada que lembra o paneiro subindo e o barco balançando no rio. Ficou bacana demais!.
É Mermo É? O Sucesso Eterno
O resultado? A música virou identidade. Não é conversa de tracajá, não! Em 2022, numa votação nacional, “Sabor Açaí” ficou entre as melhores do Brasil. Isso é pra quem quer tapar o sol com a peneira e dizer que nossa música não tem valor. Te mete!.
Então, mano , quando tocar “Sabor Açaí”, enche o peito de pavulagem, pega tua cuia com farinha d'água e canta junto, porque essa é nossa!
Trilogia: O Encontro que Foi Só o Filé!
Fala, galera! Hoje vamos falar de um momento que marcou a nossa música e deixou todo mundo de bubulhaa , só curtindo o som. Estamos falando da Trilogia, o projeto que juntou três potências da nossa terra e mostrou pro Brasil que o Pará tem força!
A Mistura que Deu Certo
Lá pelos idos de 2000, o negócio começou a ficar pai d'égua . Em 2002, numa conversa que parecia lero lero , sem muito compromisso, Nilson Chaves, Lucinnha Bastos e Mahrco Monteiro se juntaram. E não é que deu liga? Foi uma “tempestade perfeita”, uma mistura bacana demais:
Nilson Chaves: O homem é cabeça ! Traz aquela raiz da MPB que a gente respeita, com letras que tocam a alma do caboco .
Lucinnha Bastos: A mana tem uma voz que arrepia! Potência pura, versátil e com uma pegada pop que é daora .
Mahrco Monteiro: O cara é escovado no palco! Tem uma energia vibrante que levanta a galera e bota todo mundo pra dançar.
O Estouro da Boiada e o Orgulho de Ser do Norte
Quando oficializaram o projeto em 2003, foi um sucesso discunforme ! Shows lotados até o tucupi , gravação de DVD com milhares de pessoas e venda de disco pra dar em doido, mesmo com a crise nas lojas. Eles provaram que são duros na queda .
E em 2014, com o álbum Trilogia 2, eles lançaram “Ser do Norte”. Aí, parente, virou hino! É pra cantar batendo no peito, cheio de pavulagem , mostrando que a gente tem orgulho de ser da Amazônia.
Moral da História?
A “Trilogia” esfregou na cara de quem duvidava que o nosso mercado se garante sozinho. Não precisamos da bênção do eixo Rio-SP pra fazer sucesso. Aqui a gente produz, a gente consome e a gente aplaude o que é nosso. Te mete!
Égua, te abicora aqui! A Pavulagem Poética de Nilson Chaves 🌿🎶
Fala, maninho e maninha! Tu já tás sabendo da última? Hoje eu não vim falar de fofoca, nem de conversa “boca miúda” , eu vim falar de coisa séria, de coisa “bacana”. Vamos bater um papo sobre um caboco que é o orgulho do nosso chão: Nilson Chaves.
Se tu achas que música da Amazônia é só barulho, tu tás muito enganado. O Nilson não é “leso” , o cara é “muito cabeça” e faz uma arte que o povo dos estudos chama agora de Ecomusicologia. Mas para nós, que somos da terra, a gente sabe que ele tá é defendendo a floresta com o violão na mão.
A Música que Brota da Terra (Gaia)
Desde os anos 2000, os estudiosos tão “matutando”, tentando ligar os fatos sobre a obra dele. Eles descobriram no álbum Gaia (2001) que o homem não tá de brincadeira. A música dele não é aquela coisa de “pé de porrada” ou briga de “galera”. É uma conversa de sentimento.
Ele canta a nossa terra como se ela fosse gente, um ser vivo. É algo “só o filé”, que convida a gente a cuidar do que é nosso, sem precisar daquela gritaria de protesto chato. O som dele é uma paisagem que tu escutas.
Maniva: O Segredo tá no Tempo
Agora, “te mete” nessa reflexão sobre o álbum Maniva (2006). O nome já diz tudo, né? Tu sabes que a maniva é a folha da mandioca brava.
Aqui no Pará, a gente não faz as coisas na pressa, de qualquer jeito, senão dá “panema”. Igual a maniva, que precisa ferver sete dias para tirar o veneno e virar aquela maniçoba “daora”, a nossa cultura também precisa de tempo.
Alquimia da Floresta: Nilson usa isso pra mostrar que a cultura paraense não cresceu “à pulso”. Ela tem sabedoria, tem o tempo certo de cozimento.
Identidade: Assim como o “tucupi” sai da mandioca prensada no “tipiti”, a nossa arte sai da paciência e da mistura do povo.
Deixa de ser “Boca Mole” e vai ouvir!
O Nilson Chaves mostra que ser “caboco” é ter orgulho de ser interiorano, de viver da pesca, da roça e de ter sua própria linguagem. Ele não tá “perambulando” na música sem rumo; ele tem direção certa.
Então, parente, deixa de “lero lero” , para de “goriar” a cultura alheia e vai valorizar o que é nosso. O trabalho do homem é “chibata” , é “maceta” de bom!
Se tu ouvires e não gostares, só posso dizer uma coisa: tu é leso, mano! Mas se tu gostares, aí tu podes dizer pra todo mundo: “Égua, esse som é o bicho!”.
Renascimento, Legado e a Rota para a COP30
A Vitória Sobre a COVID-19 e os 70 Anos
Em 2020, Nilson Chaves enfrentou seu desafio mais dramático fora dos palcos: a COVID-19. O cantor foi hospitalizado em estado grave, gerando uma comoção estadual. Sua recuperação foi celebrada como a vitória de um patrimônio vivo do Pará. Esse “renascimento” trouxe uma nova urgência à sua obra. A canção “Iluminados”, composta após a recuperação, reflete essa gratidão e a consciência da finitude.18
Em 2021, ao completar 70 anos, Nilson não se recolheu à aposentadoria. Pelo contrário, ele acelerou sua produção, consciente de seu papel como ancião da tribo musical amazônica.
O Projeto “Amazônias” e a Passagem de Bastão
Preparando-se para a COP30, que será sediada em Belém em 2025, Nilson lançou o projeto “Amazônias”. Esta iniciativa é estratégica: ele divide o palco com artistas da nova geração, como Thays Sodré, Allex Ribeiro e Netto Lima, realizando shows em cidades do interior do Pará.20 Ao fazer isso, Nilson atua como uma ponte, transferindo a legitimidade de sua geração para os novos talentos, garantindo que a Música Popular Amazônica continue a evoluir.
A Voz da COP30: “Sonha Amazônia”
Nilson posicionou-se como um embaixador cultural da COP30. Ele iniciou uma série de lançamentos de sete canções temáticas, distribuídas pela Nikita Music, que funcionam como um manifesto sonoro para a conferência. Faixas como “Sonha Amazônia” e “Fauna e Flora” (prevista para lançamento) alertam para os riscos ambientais e celebram a biodiversidade.21 Sua presença confirmada no “Pavilhão Pará” durante o evento 22 reforça que a discussão climática não pode ser dissociada da cultura das populações que habitam a floresta. Nilson Chaves, com sua música, lembra ao mundo que a Amazônia não é apenas um santuário de árvores, mas um lar de gente, cultura e arte.
Conclusão e Discografia Selecionada
A trajetória de Nilson Chaves é a prova viva de que a periferia pode ser o centro. Ao recusar a assimilação e insistir na sua “verdade” amazônica, ele construiu uma obra universal. De “Sabor Açaí” aos palcos da Europa, de Belém ao Grammy Latino, Nilson Chaves permanece como o guardião da memória e o profeta do futuro da música do Norte.
Tabela: Discografia Essencial e Marcos Históricos
| Ano | Álbum | Formato | Detalhes e Contexto Histórico |
| 1981 | Dança de Tudo | LP | A Estreia Independente. Lançado pelo selo de Luli & Lucina. Contém “Graviola”, vencedora do festival de Ouro Preto. |
| 1985 | Interior | LP | Parceria com Vital Lima. O álbum que definiu a estética “fluvial” e introspectiva. Clássico cult na Amazônia. |
| 1989 | Sabor | LP | O Hino. Traz “Sabor Açaí”. Marca a massificação de sua música no Norte e a valorização da cultura alimentar. |
| 1990 | Amazônia | LP | Continuidade temática e aprofundamento na defesa ambiental. |
| 1992 | Waldemar | LP/CD | Tributo. Releitura da obra de Waldemar Henrique com Vital Lima. Top 10 do ano pelo jornal O Globo. |
| 1994 | Não Peguei o Ita | CD | Prêmio Sharp. Vencedor na categoria de Melhor Arranjo. Reflexão sobre a integração nacional e a navegação. |
| 1997 | Amazônia Brasileira | CD | Fase Internacional. Lançado na Europa com Sebastião Tapajós. Aclamação crítica na Alemanha e Suíça. |
| 2000 | 25 Anos Ao Vivo | CD/DVD | Grammy Latino. Indicação histórica. Gravação sinfônica no Theatro da Paz. Resumo da carreira até então. |
| 2001 | Tudo Índio | CD | Exploração das raízes indígenas. Faixas como “Tudo Índio” e “Destino Marajoara”. |
| 2001 | Gaia | CD | Álbum conceitual sobre a Terra. Precursor da “Ecomusicologia” em sua obra. |
| 2006 | Maniva | CD | Retorno às raízes culinárias e rítmicas (Marabaixo, Lundu). |
| 2014 | Trilogia 2 (Ser do Norte) | CD | Com Lucinnha Bastos e Mahrco Monteiro. Sucesso de vendas e afirmação da identidade nortista. |
| 2016 | Batombacaba | CD | Produção de Dante Ozzetti. Participação de Patrícia Bastos. Sonoridade moderna e experimental. |
| 2025 | Série Amazônias | Singles | Projeto transmídia focado na COP30. Canções como “Sonha Amazônia”. |


