E aí, parente! Chega mais pra ouvir um babado chibata sobre o nosso ouro negro, o açaí! Esse fruto daora não só mata a fome de quem tá brocado, mas tá deixando a vida de muito caboco ribeirinho tesa de um jeito que tu nem te esperou!
O negócio tá maceta demais da conta! Lá praquelas paragens de Genipaúba, no Baixo Acará, no Pará, tem discunforme de gente que vive disso. Mais de 130 famílias quilombolas dependem do açaí, mana!
Tem caboco arretado que tira R$20 mil, R$25 mil na época da safra! É dinheiro porrudo pra botar os curumins na escola e sustentar a casa, cumpadi! A cadeia toda movimentou R$800 milhões em 2024, mas os **cabeças** dizem que pode chegar a R$1,5 bilhão. Tu é o bicho! Os peconheiros que sobem nas árvores manjam demais, tirando uns R$3 mil, R$4 mil por mês fácil.
Matutando o babado, a gente vê que tem que ser duro na queda pra cuidar da floresta. O cumpadi Manoel Vicente, um casca grossa de lá, diz que tem que plantar direito e não desmatar, senão a produção já era, e o preço sobe que só o diacho! O professor Hervé Rogez, lá da UFPA, avisa: se não usar a assistência técnica, o solo fica escafedeu-se com a erosão. É pra não malinar a natureza, viu?
O açaí sai da paragem no Rio Acará e segue na canoa com motor-rabeta pra Belém. O jeito é vender direto lá, pra ter um retorno mais bacana e não ficar gambirando com atravessador. A mana Lucimar, lá em Belém, manja de fazer a polpa, limpando, tirando o caroço… É o açaí que chega aceso e maneiro na cuia da gente!
Na entressafra, quando o preço da ‘rasa' tá porrudo (R$200 a R$300), o caboco não fica panema. A cunhantãe Bruna Taís, por exemplo, faz artesanato pai d'égua com folha e caroço pra tirar uma rendinha extra, além de plantar cacau, pupunha… O importante é não dar migué e correr atrás!
É essa a vida tesa do nosso ribeirinho, parente. Um ciclo pai d'égua que sustenta a gente e a floresta. Bora meter a cara e valorizar esse açaí que é a cara do nosso Amazonas! Olha já se não é um negócio arretado de bom!


