O Migué da “Senzala Ideológica”: Te Orienta, Parente!
Fala, galera! Hoje o papo é reto, sem lero lero. Tem muita gente por aí, cheia de pavulagem, querendo empurrar na nossa mente que todo perrengue no Brasil é culpa só da cor da pele, o tal do “racismo estrutural”. Mas será que é mermo é? Bora matutar sobre o Brasil de verdade, aquele que a gente vê no dia a dia, longe dessa conversa de quem vive em ar condicionado.
O Brasilzão e a Pindaíba Democrática
Olha já para o sertão ou para os cantos esquecidos desse país. Se tu for reparar, a miséria não escolhe cara nem cor. Tem muito “galego” de olho claro lá no Nordeste que tá na pindaíba, passando fome, teso e brocado.
Se o sistema fosse todo arrumadinho só pra prejudicar o preto e ajudar o branco, como é que explica essa tuia de gente branca sofrendo igual? A real, meu mano, é que o buraco é mais embaixo. O problema é falta de dinheiro, é a região esquecida. Ficar batendo na tecla de que só a cor define quem se dá bem é tapar o sol com a peneira. A pobreza aqui é democrática, ela lasca todo mundo discunforme.
Chega de se fazer de “Coitadinho”
Tem um perigo grande nesse papo de ficar se sentindo vítima o tempo todo. Quando botam na tua cabeça que tu não consegue nada sozinho, que o mundo te deve, tu acaba ficando de bubuia, esperando as coisas caírem do céu. Isso tira a tua força, parente!
E tem mais: os políticos, que são uns escovados, adoram isso. Eles usam a tua dor pra fazer palanque. É a “nova senzala ideológica”. Eles querem que tu penses que precisa deles pra tudo, te deixando amarrado nessa ideia de dependência. Não cai nesse migué! Tu não é leso pra ser manobrado desse jeito.
A Escravidão não foi só aqui, não!
Bora deixar de ser boca mole e falar de história séria. A escravidão foi uma desgraça no mundo todo, não foi só contra o negro. A própria palavra “escravo” vem de “eslavo”, que era um povo branco que sofreu muito na mão dos outros.
Teve negro escravizando negro na África, teve pirata pegando branco na Europa… A escravidão é uma ruindade do ser humano, infelizmente. Saber disso ajuda a gente a não ficar com raiva do passado errado e a entender que o sofrimento foi geral.
Quebra as Correntes da Mente e Mete a Cara!
O negócio é o seguinte: o Brasil é complicado, é duro na queda, mas tem oportunidade pra quem não aceita ser vítima. Essa “senzala ideológica” quer te prender, dizer que tu é menor.
Mas tu é o bicho! A verdadeira liberdade é mandar essa conversa torta pegar o beco. Olha pra realidade, vê que a luta por uma vida bacana é de todos nós, cabocos desse Brasil, não importa a cor. Mete a cara e vai à luta, porque aqui a gente cresce à pulso!
A Pindaíba Não Enxerga Cor: Os Galegos do Sertão e a Potoca do Racismo
Fala, parente! Te abicora aí que hoje o papo é sério, mas a gente desenrola no nosso linguajar.
Tem uma conversa rolando solta por aí, uma “narrativa” cheia de pavulagem, dizendo que a pobreza tem cor certa no Brasil. O povo fica numa de dizer que a pindaíba só bate na porta de quem é preto e que o sistema todo foi feito só pra dar vida mansa pra quem é branco. Mas mano, essa história tá mais pra potoca do que pra verdade quando a gente larga de ser leso e olha pro Brasil de verdade.
Bora deixar de lero-lero e espiar o Sertão
Se tu pegar o beco e for lá pras bandas do Sertão do Nordeste, tipo no Seridó, tu vai dar de cara com uma realidade que faz essa teoria toda vergar. A militância fica toda baratinada, sem saber o que dizer, quando vê um monte de gente loira, do olho claro, parecendo gringo, mas tudo brocado de fome.
É gente branca, parente, que não tem nada de privilégio. Estão lá, na mesma luta, sofrendo com a seca e o esquecimento, do mesmo jeitinho que o vizinho de pele escura. Se o sistema fosse mesmo todo armado só pra ajudar a branquitude, por que diabos essa galera foi esquecida lá na caixa prego, passando necessidade?
A Miséria é Democrática, Mano
A real é dura, mas a gente tem que falar di rocha: o buraco é mais embaixo. O problema do Brasil é a falta de grana, é o regionalismo, é uma confusão doida, e não só a cor da pele. A fome, meu irmão, ela não pede documento e nem olha se tu é moreno ou galego antes de entrar na tua casa. Ela derruba quem é pobre, seja descendente de africano ou de holandês.
Ficar tapando o sol com a peneira e fingir que esses “loiros da fome” não existem é muita falta de vergonha. Se a gente só olhar pra cor, a gente deixa invisível o sofrimento de uma porção de gente que, só por ser branca e lascada, não serve pra discurso de político.
Então, parente, te orienta : a briga aqui não é só entre preto e branco, é entre quem tem a vida ganha e quem tá na roça. Lá no sertão, a falta d'água nivela todo mundo por baixo. Reconhecer a dor dessa galera não diminui a luta de ninguém, só abre o nosso olho. A pobreza no Brasil é triste, mas é democrática. Bora parar de dividir o povo e lutar contra a miséria de todo mundo.
Égua, falei e disse!
Glossário do Artigo (Para quem não manja do Amazonês):
- Parente: Termo utilizado para cumprimentar com cordialidade o nativo.
- Te abicora: Expressão para definir uma posição, aqui usada no sentido de “se ajeita”, “presta atenção”.
- Pavulagem: Se a pessoa tá se achando, ostentando ou se exibindo.
- Potoca: Mentira.
- Leso: Cara abestalhado, sem noção, falta de raciocínio.
- Lero-lero: Jogar conversa fora, conversar aleatoriamente.
- Pegar o beco: É uma forma de dizer que tá indo embora ou mandar alguém embora (aqui usado como “viajar”).
- Vergar: Dobrar, cair.
- Brocado: Se a pessoa tá morrendo de fome.
- Caixa prega (ou Caixa Prego): Lugar distante.
- Di rocha: O mesmo significado que ‘de verdade', ‘pra valer'.
- Tapar o sol com a peneira: Esconder a verdade que está óbvia para todos.
- Uma porção: Pouca coisa (ou uma quantidade específica).
- Te orienta: Comporte-se, observe seus atos, preste atenção.
- Tô na roça: Tô liso, sem grana, em situação difícil.
- Manja: Quando a pessoa sabe muito, entende do assunto.
- Égua: Expressão de admiração, insatisfação, raiva, alegria, espanto… usada em 99% das frases.
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