Fala, mano e mana! Se tu tá aí perambulando pela internet sem saber o que ler, encosta aqui que hoje o papo é sobre um bicho que é a cara (e o gosto) da nossa terra: o famoso Turu.
Se tu é caboco de verdade ou curioso pela nossa cultura, já deve ter ouvido falar ou visto aquele bicho que parece uma minhoca maceta, né? Pois é, o nome científico dele é Teredo sp., mas deixa essa pavulagem pros biólogos. Aqui a gente sabe que o bicho é feio, parece até uma visagem saída do lodo, mas tem seu valor!
Nem Minhoca, Nem Cobra: É Molusco, Parente!
Muita gente acha que o Turu é verme, mas se tu acha isso, tu é leso, mano! Na verdade, ele é um molusco, parente da ostra e do mexilhão. A diferença é que ele é cumprido e gosmento. Chamam ele de “cupim-do-mar” porque o bicho é invocado: ele adora furar uma madeira que fica de molho na água.
De Praga a “Só o Filé”
Antigamente, o pessoal ficava doido com o Turu. Ele era considerado uma praga discunforme! O bicho entrava no casco das canoas, nos barcos e até nos trapiches, comendo a madeira toda. Imagina o prejuízo? Era madeira furada até o tucupi!
Se o dono do barco desse bobeira e ficasse matutando sem cuidar do casco, quando ia ver, a embarcação já tinha ido pro fundo. Era diacho pra todo lado de tanta raiva.
A Vingança do Caboco: É na Panela!
Mas o povo daqui não é panema e nem dorme no ponto. O caboclo, que vive da pesca e conhece o rio como a palma da mão, percebeu que dava para comer o tal do “cupim”. E não é que o negócio é pai d'égua?
Hoje em dia, quando a gente tá brocado de fome, catar um Turu no mangue é a solução. Ele virou uma iguaria! É comida forte, cheia de nutrientes. Tem gente que diz que dá uma sustança que levanta até defunto (se é que tu me entende, te mete! ).
Vai Encarar ou Vai Pedir “Arrego”?
Eu sei, olhar pro bicho cru dá um certo encabulamento , a pessoa fica meio assim… Mas quem prova diz que é só o filé. Geralmente a gente come cru com limão e sal, ou faz aquele caldo daora que cura qualquer panemisse.
Então, se tu ver alguém torcendo o nariz pro Turu, pode dizer: “Deixa de ser frescura, tu vai vê , é bacana!” O Turu é a prova de que a gente transforma até o que parece ruim em cultura e sabor.
E aí, já era o preconceito? Se tiver coragem, mete a cara e prova!

O Turu por Dentro: De “Bicho Feio” a Engenheiro da Floresta
Ei, mano e mana! Chega mais. Tu que adora tomar aquele caldinho de Turu no fim da tarde pra levantar a moral, ou tu que faz cara de nojo e diz “nem com nojo”, senta aí que hoje a gente vai matutar sobre a vida desse bicho.
A gente recebeu um texto cheio de pavulagem científica, cheio de nome difícil, mas como aqui no Ver-o-Peso.shop a gente não tapa o sol com a peneira, traduzimos tudo pra ti ficar escolado.
Nem Minhoca, Nem Cobra: O Bicho é Parente da Ostra!
Primeiro de tudo: se tu acha que o Turu é minhoca, tu é leso, mano! A ciência diz que ele é um molusco bivalve. Ou seja, ele é primo da ostra e do mexilhão. O nome chique dele é Teredo sp. e a família é Teredinidae.
O corpo dele é mole e cumprido, parece uma tripa, né? Mas aquilo que a gente chama de “cabeça” – aquela parte dura que faz croc no dente – na verdade são duas conchas (valvas) pequenas. É com isso que ele broca a madeira. O bicho é uma furadeira natural!
Tamanho é Documento? O Turu é Maceta!
No resto do mundo, dizem que ele cresce uns 20 ou 30 centímetros. Mas aqui na Amazônia, meu amigo, o negócio é discunforme! Nossos cientistas já acharam Turu de mais de um metro. O bicho é purrudo mesmo!
Ele tem dois tubinhos no rabo (sifões): um chupa água e comida, e o outro cospe fora o que não presta. E olha que invocado: ele tem umas “pás” (pallets) pra fechar a porta do buraco quando quer se esconder. Ninguém entra, ninguém sai. Embioca lá dentro e já era.
A Vida Amorosa do Turu: Uma Bagunça Organizada
Agora, presta atenção que o babado é forte. O Turu nasce macho e depois vira fêmea! É isso mermo. Ele solta o “material” na água, a fêmea pega e guarda os curumins (larvas) dentro dela.
Diferente de outros bichos que jogam os filhos no mundo de qualquer jeito, a mãe Turu segura a onda e cuida dos filhotes na barriga por umas semanas. Quando eles saem, saem nadando até achar um pau podre pra morar. Achou a madeira? Furou? Pronto, não sai nunca mais.
E tem um detalhe bacana: eles são educados. Um Turu nunca fura o túnel do vizinho. Eles sentem que o outro tá perto e desviam. Isso é pra não derrubar a casa (o tronco) antes da hora. Te mete com essa inteligência!
Brocado de Quê? Madeira ou Salada?
Todo mundo acha que o Turu só come madeira, né? É migué! Quer dizer, mais ou menos. Ele fura a madeira pra fazer a casa dele, mas a comida mesmo vem da água (plâncton) e de uma parceria pai d'égua que ele tem com umas bactérias.
Essas bactérias moram na brânquia dele e ajudam a digerir a madeira (que é difícil de desmanchar) e a pegar vitaminas. Então, o Turu é tipo tu no almoço de domingo: come a salada (plâncton) pra ficar forte, mas não dispensa a sobremesa.
Resumo da Ópera
O Turu não é só comida boa ou praga de barco. Ele é o faxineiro do rio! Ele ajuda a sumir com a madeira velha que cai na água, devolvendo nutriente pra natureza.
Então, da próxima vez que tu ver um tronco todo furado no mangue, não diz que é sujeira. Diz: “Olha ali o trabalho do engenheiro do mangue!”. E se tiver brocado, já sabe: taca limão, sal e manda pra dentro, porque é só o filé!
O Turu: A “Praga” que Deu Prejuízo da Baixa da Égua no Mundo Todo
Fala, mano e mana! Se tu acha que o Turu só serve pra fazer aquele caldo só o filé pra curar ressaca ou dar “sustança”, tu tá muito enganado. Antes de cair na nossa panela, esse bicho já foi o terror dos mares, causando um banzeiro danado na história da humanidade.
A gente recebeu um texto contando as presepadas desse molusco pelo mundo, e o negócio é sério. O bicho é malino mesmo! Bora conferir essa história traduzida pro nosso bom e velho Amazonês.
O Terror dos Cascos e Trapiches
Historicamente, o Turu não era visto como comida, mas sim como uma “praga marinha” que dava dor de cabeça em todo mundo. O bicho é invocado e tem uma fome que parece que tá sempre brocado.
Ele passava o cerol em tudo que era de madeira dentro d’água: cascos de navios , diques, píeres e boias. Onde tinha madeira dando sopa, o Turu chegava embiocado e, quando o povo ia ver, a estrutura já tava toda podre e fraca. O prejuízo era discunforme!
O Turu Derrubou até a Holanda? (É Mermo É!)
Pra tu ter uma ideia de como esse bicho é carrancudo , lá no século XVII, na Holanda, ele fez um estrago tão grande nos diques de madeira que os caras tiveram que trocar tudo por pedra.
Imagina só: o país inteiro teve que mudar a engenharia porque não aguentava a pavulagem do Turu comendo as barreiras. Foi uma obra monumental, porque com o Turu não tinha conversa, a madeira já era.
O Rombo Milionário na Califórnia
Dá um confere nessa: entre 1919 e 1921, na Baía de São Francisco (EUA), teve um surto de Turu que foi um verdadeiro toró na vida dos americanos. O bicho derrubava uma estrutura de porto importante por semana!
O prejuízo foi estimado em 615 milhões de dólares (em valores de 1992). Trazendo pra hoje, seria entre 2 e 20 bilhões de dólares. É dinheiro que não acaba mais, mano! O Turu lá não tava pra lero lero.
A Armada Espanhola e a “Gambiarra” pra Se Salvar
Dizem as más línguas (e os historiadores) que o Turu ajudou até a afundar os navios da poderosa Armada Espanhola no século XVI. O bicho furava os cascos e mandava os navios pra caixa prega.
O povo tentava de tudo pra se livrar. Faziam umas gambiarras como encamisar o casco com cobre ou chumbo, passar alcatrão e até usar veneno (creosoto e metais tóxicos). Mas isso acabou poluindo muito porto por aí.
O Fim da “Boca Livre” do Turu
Com o tempo, o homem ficou escovado e começou a fazer navio de metal e usar concreto e fibra de vidro nas construções. Aí o Turu perdeu a boquinha e a população dele diminuiu. Hoje em dia, em lugares chiques como Nova York, eles “encapsulam” a madeira pra proteger do ataque.
Resumo da Ópera
O Turu já foi o vilão, o “cupim” que dava prejuízo. Mas aqui no Pará, a gente resolveu esse problema de um jeito bacana: comendo ele! Em vez de deixar ele comer o barco, a gente põe ele no tucupi e faz a festa.
Então, quando tu tomar teu caldinho, lembra: tu tá comendo um bicho que já fez império tremer. Te mete!


